sábado, 7 de julho de 2012

O Mascarado



Em Maio de 2012 numa tourada à corda, perto da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, captei a foto deste pastor da ganadaria Humberto Filipe. Por estar com metade da cara tapada pelo seu braço, chamei a foto de “O Mascarado”, isto porque antes de serem os pastores, os homens da corda eram os mascarados.



A navegar pela internet encontrei o link http://etnografia.paginas.sapo.pt/Tourada%20a%20corda.htm. Neste sitio encontra-se um pequeno e interessante trabalho desenvolvido pela discente (aluna do ensino superior) Joana Tavares do curso de licenciatura em Ciências da Educação da Universidade dos Açores, no ano de 2002 sobre a tourada à corda e como é visto o toiro pela sociedade terceirense.



Neste trabalho observa-se uma referência aos mascarados e pastores, a qual transcrevemos na íntegra:


“Desde há séculos que a Festa do Espírito Santo tem lugar um pouco por todo o arquipélago dos Açores, embora a tradição inicial tenha sofrido alterações, principalmente devido à acção da Igreja. Uma das alterações que se apresenta como relevante para este trabalho foi o facto de, através da circular de 28 de Março de 1881, D. João Maria ter imposto “regras rígidas (...) condenando o abuso dos mascarados.” (Morais, 1994/1995, pp.62). Estes estão intrinsecamente relacionados com as touradas à corda terceirenses, que em tempos remotos assumiam um carácter violento, uma vez que estes indivíduos guarnecidos com varapaus agrediam com bastante crueldade o toiro. Eram estes que seguravam a corda que prendia o toiro e tinham este nome porque usavam uma viseira que lhes cobria a metade superior do rosto. Os mascarados acabaram por ser substituídos pelos pastores...”.



Como desconheço o nome deste “mascarado” (pastor), e do qual tenho fotos com a cara a descoberto, gostaria que os visitantes do blog Toiros & Açores, deixassem algum comentário relativamente ao nome ou algum motivo de interesse acerca deste pastor, para que numa próxima foto deste homem, podermos fazer uma referência à sua pessoa.


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A citação utilizada foi colhida em:

Tavares J. (2002). Tourada à Corda. Investigação em Etnografia dos Açores. Trabalho do 1º Ano de Licenciatura em Ciências da Educação. Disponivel em: http://etnografia.paginas.sapo.pt/Tourada%20a%20corda.htm com consulta efectuada a 8 de Julho de 2012.

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